Vai suicidar-se? Não anuncie no Facebook
Esta notícia foi publicada no site da revista Visão no dia 9 de Março 2011. O assunto é sério e deve ser tratado com o devido cuidado. A notícia fala do caso da senhora que avisou os seus 1048 amigos no seu Facebook que tinha tomado uma overdose de comprimidos. Em resposta, recebeu vários comentários em tom de troça. Foi encontrada morta no dia seguinte e muitos ficaram chocados. Falou-se muito sobre o assunto mesmo em tom de brincadeira, mas os comportamentos de alerta foram reforçados. O que alguns se esqueceram foi de saber se o caso foi investigado pela policia. Sim, que isto de ver filmes e séries educa a nossa "mente criminosa" e o raciocínio tende a remeter o sentido para um daqueles casos mal resolvidos ou mesmo crime perfeito. Quem me garante que foi mesmo suicídio? Quem discorda da ideia que não terá sido um serial killer (inclui quaquer um de nós) ao estilo "cyber" a consumar o acto e de seguida ir lá escrever no mural da sujeita? De qualquer modo, voltando ao fulcro, li algures que um estudo de 1986 encontrou maiores taxas de suicídio após um noticiário televisivo em relação ao próprio suicídio. Existem também estatísticas sobre idades, motivação e os métodos utilizados. Uma coisa é certa: quem carrega no pensamento esta dramática decisão leva em conta a rápida e eficaz resolução do mesmo, pelo que a utilização de avisos, sinais, chamadas de atenção são sintomas de outro tipo de perturbação mental. Normalmente, o suicida "avisa" depois de já estar morto.
Este Natal será bom
"Todas as grandes personagens começaram por serem crianças, mas poucas se recordam disso", escreveu Antoine de Saint-Exupéry. O Natal é para se viver e recordar com a melhor intensidade, ofereçam-no às crianças com amor, expliquem-lhes o que significa, "unplugged" (sem telemóveis nem consolas) e com espírito universal e limpo. O Natal não é sempre igual, não foi aos 9 e não foi aos 10. Vai passando despercebido, na sua essência e significado, e cada vez lhe damos menos importância. O material supérfluo vai ganhando terreno, se já não "consumiu" o espírito por completo. A todos desejamos saúde, paz e alegria. Neste Natal deixamos numa citação de Agustina Bessa-Luís o que melhor caracteriza o que insistimos em perder e retitar de quem mais gostamos: "A infância vive a realidade da única forma honesta, que é tomando-a como uma fantasia."
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