A mais nova avó do mundo

Em 07-03-2011 o Diário Digital e outros OCS publicaram a notícia de que uma romena de apenas 23 anos tornou-se a mais nova avó do mundo, noticiava por sua vez o tablóide britânico The Sun. Rifca Stanescu tinha apenas 12 anos quando teve a primeira filha, Maria. Apesar de ter pedido à filha para não seguir o seu exemplo, Maria deu à luz Ion aos 11 anos de idade. Rifca casou com um vendedor de jóias Ionel Stanescu quando tinha 11 anos e ele 13. O jovem casal fugiu da aldeia de Rifca por esta recear que o seu pai a quisesse casar com outro rapaz da sua aldeia.
A família de Rifca perdoou-lhe quando ela se tornou mãe, o que fez com que a sua mãe, Maria, fosse bisavó aos 40 anos.
Isto é insólito ou qualquer coisa “à guinness”? Pode ser, mas uma coisa é certa: isto é bárbaro! Sobretudo, note-se a vulgaridade da comunicação social ao publicar a notícia destacando o facto de ser avó com 23 anos, uma espécie de extraordinário recorde, resultado notável superado, uma ultrapassagem que atinge o máximo das possibilidades… Mas como se não bastasse, ainda há uma bisavó aos 40... o que ainda por cima está errado, porque não é bisavó, é avó. Ficou bisavó aos 52.



Não li em nenhuma das notícias sobre este caso qualquer referência à idade do genro da mulher em causa. Sabemos que ela fugiu com um rapaz de 13 (avô aos 25). Imaginem que é um homem de 40 ou mais a engravidar uma criança de 11… quando ela tiver 30 o homem terá 60. Será que na tradição cigana também se usa o termo “homem velho e mulher nova, filhos até à cova”? Em todas as notícias abordagem à barbaridade, népia. É por ser uma tradição étnica? Existirá na deontologia jornalística algo que impeça o profissional de falar sobre esta aberração?  
Engravidar em idade tão precoce e abrupta é possível, mas também é anormal. Existem casos em sociedades desenvolvidas, é certo, mas não são tradição. No mínimo, serão casos de má informação e descuido. Nestas situações verificamos juventudes destruídas, quase. Perdidas, de facto, em que muitos dos casos existe abandono por parte dos progenitores masculinos.
No caso dos ciganos, trata-se dum hábito. Já nem vou pelo assunto das noivas prometidas e compradas com dotes. Ninguém é de ninguém. Mas leva a casos destes em que o “dono” engravida a criança e pronto… é dele, tem essa “autoridade”. E se não é assim, fogem com o rapaz que amam, como é o caso de Rifca. Vai dar ao mesmo.

Em resumo, se a natureza o permitisse e se as raparigas conseguissem engravidar aos 3 ou 4 anos, não quero imaginar até onde iria esta tradição aberrante! É uma barbaridade!

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