Nasci num país e numa altura em que quase tudo era um luxo; não vou incluir a água potável para não parecer triste. Havia coisas, hoje insignificantes, que na altura tinham a mesma magia que hoje tem uma consola de jogos entregue a uma criança. Não vou falar nos brinquedos manufacturados. Os carrinhos (miniaturas) Matchbox e a Coca-Cola eram mais importantes do que televisão, aliás, não me lembro de ver televisão nesse tempo. Um passeio ao domingo e o lanche na esplanada da praia, o café vinha servido com o respectivo copo de água
Problema eléctrico? Faz-lhe um "chante"
O “chante” significa resolver um problema eléctrico que se resume a fazer passar a corrente eléctrica suprimindo um termóstato, interruptor ou até resistência. Se um destes elementos estiver avariado e não deixar passar a corrente eléctrica, o que costuma ser a causa de grande número de avarias, a solução está no “chante”. O caso da resistência é para crentes, o do interruptor é para técnicos e o do termóstato é para criminosos. O “chante” também pode servir para contornar um entupimento ou fuga de água em tubos, não sendo tão característico, a “filosofia” é a mesma.
Enviou o cão pelo correio
Uma norte-americana que tentou enviar um cão para o filho dentro de uma encomenda postal quis recuperar o animal e obter o reembolso dos 22 dólares (16 euros) que pagou numa estação de correios de Minneapolis, a 1800 quilómetros de Atlanta. Felizmente, o cão não morreu porque os funcionários suspeitaram da caixa e abriram-na. Ao ser confrontada, a mulher, Stacey Champion, disse que não queria saber do cão e só lhe interessava o dinheiro. Enviou o cachorro de 4 meses como prenda para o filho que fazia 11 anos. Fez furos na caixa... mas não se livrou de ser acusada por maus tratos. Para quem estiver a pensar fazer uma coisa destas, pelo que julgo: ninguém, mesmo assim na eventualidade de ser possível alguém lembrar-se, poderá consultar a página da TAP Portugal e da CP apenas para ter uma ideia do que envolve transportar um animal de estimação. No caso dos CTT não existe informação deste tipo, obviamente, apenas uma referência a objectos sujeitos a fiscalização aduaneira em que está incluída a importação de animais vivos. O português não tem o hábito, como os americanos, de viajar ou "fazer viajar" os animais. O português ABANDONA-OS antes de viajar.
Cinema

Juiz roubado julga o próprio ladrão
Um juiz julgou um homem que foi suspeito de, em 2009, lhe ter assaltado a casa. O magistrado deu conta da situação ao Tribunal da Relação de Guimarães, tendo pedido escusa. Porém, a sua solicitação foi indeferida. De acordo com a decisão da Relação, este era apenas um dos três juizes que integravam o colectivo que procedeu ao julgamento, pelo que estava garantida a imparcialidade no julgamento do sujeito acusado de furto, dado que era apenas suspeito no roubo à casa do juiz e , ou seja, "A mera suspeita de que foi determinado indivíduo um dos autores do assalto à casa do juiz não é, aos olhos do cidadão médio, motivo sério e grave que ponha em causa a imparcialidade do magistrado", diz o acórdão da Relação. O indivíduo estava a ser julgado por suspeita de assaltos numa zona onde residia o juiz. Esse juiz suspeitava que ele tinha também assaltado a sua casa. Como tal, resolveu pedir a tal escusa. É um caso que até parece uma situação normal, não fosse a presunção do juiz acreditar que aquele foi quem lhe roubou a casa ao ponto de pedir escusa para o julgar, embora noutro caso (outra acusação). Temos um juiz que se julga acima da lei, de facto, diferente de todos os cidadãos comuns que tantas vezes sabem quem roubou, sabem quem matou, toda a certeza de quem é o corrupto, mas aparece um juiz e decide o contrário do que todos esperavam. Exemplifico com os casos de atribuição da guarda de menores, entregas a pais biológicos, e tantas outras injustiças às quais já estamos habituados. Neste caso, verificamos o sexto sentido dum juiz que está a ser mal aproveitado, quem sabe, e a fazer falta nos outros atrás referidos...
Autotransfusão de sangue

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