Guerra, outra vez...

Estamos na eminência de entrar em guerra com a Líbia, noticiam vários OCS. Desta vez, aparece a França na dianteira da ONU. Dizem que é um "dispositivo de natureza militar para proteger o povo líbio". Não estranho que se venha a decidir por uma acção via bélica, não pacífica nem diplomática, porque vamos combater um ditador louco, passado da cabeça. Mas não deixa de ser curioso este estado de opiniões divergentes em relação à decisão de avançar em força no terreno. Quando foi o caso do Iraque, a história das “armas de destruição massiva”, em causa estiveram e ainda estão os fundamentos. Não se sabe se existem ou não essas armas e os movimentos anti-guerra manifestaram-se de todas as formas, mesmo sabendo nós que estavamos perante o derrube de mais um ditador do género, se bem que menos “gay”. Desta vez, mesmo com o fantasma do “interesse petrolífico” sempre a pairar, sabemos que este assassino paga a mercenários para matar os adversários e bombardeia-os com aviões matando civis, provocando “danos colaterais” em árabe. Mas será que isso é verdade? Não será mais um pretexto como as WMD de Bush e Blair?
É uma das coisas que me faz confusão quando entro no espírito do “Peace and Love”, que por acaso até considero positivo, pois ninguém gosta de guerra e perdas humanas de que maneira fôr. Mas, será que vamos ver os partidos de esquerda, movimentos, pessoal do costume a dizer que não acreditam que Muammar al-Gaddafi ande a bombardear e matar o seu povo? Vamos certamente assistir à ideia de que o genocídio só serve de desculpa para deitar a mão ao petróleo. Mas será que o petróleo pode estar na mão de loucos como este? E porque é que este louco mata pessoas? Porque não larga o petróleo?

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